quinta-feira, 7 de junho de 2007

Eletricidade pode curar


Uma equipe internacional de cientistas descobriu dois genes que permitem que células respondam a estímulos elétricos no corpo para curar ferimentos. Assim, com a aplicação de um campo elétrico em um ferimento, é possível mudar o movimento das células e a velocidade do processo de cura. Com a descoberta, pode-se utilizar a eletricidade na cicatrização de ferimentos e também na regeneração.
Cientistas sabem da existência de correntes elétricas nos nervos e ferimentos desde os anos de 1800, quando o fisiologista Emil Du Bois-Reymond mostrou que mudanças elétricas acompanham reações dos músculos. Suas descobertas são à base da moderna eletrofisiologia, o estudo de propriedades elétricas em células e tecidos orgânicos.
A equipe formada por Zhao, da Universidade de Aberdeen, na Escócia e seus colaboradores nos Estados Unidos, Japão e Austrália identificaram os genes PI(3)Kgamma e PTEN, responsáveis por um processo chamado “electrotaxis” – movimento das células em resposta a uma corrente elétrica.Por exemplo, um ferimento na pele gera um campo elétrico interno que guia as células para que saibam onde fica a região que precisa ser curada. Os cientistas usaram fotografias para provar a ação de electrotaxis em experimentos de laboratório.As descobertas permitem revolucionar o tratamento em pacientes de vítimas de queimaduras, diabete e pessoas com úlcera que não cicatrizam. Por meio de um campo elétrico aplicado ao redor do ferimento ou com drogas que aumentam os impulsos elétricos normais, cientistas podem ser capazes de melhorar o processo de cura.
Apesar dos avanços, ainda é cedo para começar aplicar a nova descoberta. Mas já é um bom começo entender como usar esse tipo de sinal natural do corpo.
Bernard Magnago
Turma: v04
07/06/2007

terça-feira, 5 de junho de 2007

PLC traz Internet à rede elétrica

Em breve, as tomadas elétricas não só alimentarão os computadores com energia, mas também com os bits e bytes que circulam pela Internet. Esta tecnologia, impensável há alguns anos, chama-se Power Line Communications (Comunicações pela Linha de Força). Mais conhecida pela sigla PLC, ela tem como pilar o modem PLC, equipamento que lembra os antigos modens externos que equipavam os PCs há mais de 15 anos, época em que não eram nada baratos os então chamados modelos internos (que hoje são conhecidos como placas de rede Ethernet).

Para que a rede elétrica de uma casa ou escritório de transforme em rede de dados, basta ligar um par desses modens a duas tomadas comuns, plugá-los às placas de rede dos PCs com cabos de rede comuns e pronto: uma rede de dados simples é estabelecida entre os computadores por meio da fiação elétrica. Atualmente já estão sendo produzidos equipamentos de segunda geração do PLC. Enquanto os da fase anterior trabalhavam com uma taxa de transferência de 75 Mbps (megabits por segundo) - menor do que o oferecido pelas placas de rede comuns - os aparelhos de hoje oferecem uma taxa de transferência de até 200 Mbps, o que possibilita o tráfego não só de dados mas também de áudio e vídeo.

Ao contrário do que costuma acontecer quando se fala em tecnologia, hoje o Brasil está à frente de muitos países na área de PLC. Para se ter uma idéia, a FITEC (Fundação para Inovação Tecnológica), entidade ligada à APTEL (Associação de Empresas Proprietárias de Infra-Estrutura e Sistemas Privados de Telecomunicações), é a única instituição fora da Europa a participar do projeto OPERA (sigla de Open PLC Research European Aliance - Aliança Européia de Pesquisas de PLC Aberta - e que não tem nada a ver com o navegador Opera). A APTEL criou as especificações que são adotadas pela indústria e que planeja “iluminar” (termo empregado quando a rede elétrica torna-se PLC, ou seja, é ativada para tráfego de dados) toda a Europa com o PLC até o final deste ano.

Desde o início de 2005, o município maranhense de Barreirinhas, cidade que fica a 246 quilômetros de São Luiz em meio aos famosos Lençóis Maranhenses, abriga o primeiro projeto de PLC do País. No início, poucas instalações, como escolas, hospitais e órgãos públicos, contavam com o PLC. Hoje, seus 30 mil habitantes se encontram “iluminados”.

Fonte:http://wnews.uol.com.br/site/noticias/materia_especial.php?id_secao=17&id_conteudo=266
Bernard Magnago
Turma: v04
07/06/2007